Prática discriminatória baseada na idade, o etarismo infelizmente persiste de maneira sutil e às vezes explícita em processos seletivos e no ambiente de trabalho. Apesar das qualificações, muitos profissionais enfrentam barreiras injustas que limitam suas oportunidades de progresso na carreira.
Eu mesmo, apesar de ter uma trajetória profissional em grandes marcas do Brasil e multinacionais, enfrentei esse desafio. Por isso optei por seguir carreira solo, retomando projetos que estavam na gaveta e que neste ano começaram a dar os primeiros frutos.
É solitário! Como braçadas contra a maré, em que é preciso esperar o momento certo para enfrentar a onda. Mas com a idade aprendemos uma lição: resiliência.
A diversidade etária é uma vantagem para qualquer equipe ou organização que tenha valores éticos e humanos como pilar. Profissionais mais experientes trazem consigo não apenas conhecimento aprofundado, como também uma perspectiva ampla e habilidades interpessoais refinadas.
Empresas que adotam a diversidade em todas as suas formas não apenas prosperam em inovação e criatividade como também fortalecem sua reputação de empregadoras justas e inclusivas.
Para mim, essa nova fase profissional está se consolidando como um ecossistema que envolve experts de várias áreas. Uma rica troca de experiências.
Entendo que o sucesso de uma equipe não está na idade de seus membros, mas sim na capacidade de colaborar de forma eficaz em direção a objetivos comuns, impulsionados pela diversidade e pela inclusão genuína.
Quem tem mais de 50 anos entende o meu discurso. Aqueles que estão chegando lá e não demonstram nenhuma empatia vão entender daqui uma década. Para estes, eu recomendo a leitura do poema “É preciso agir”, de Berthold Brecht.
Esse depoimento foi baseado na conversa que tive com uma grande amiga que tem a mesma idade que eu.