O Brasil está posicionado entre os 10 grandes players no mercado global de petróleo, com a produção de óleo e gás sendo uma das principais forças motrizes da economia. Nos próximos dez anos, espera-se que a indústria petrolífera continue a gerar benefícios econômicos substanciais para o país. De acordo com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), a previsão é de que o setor receba investimentos de aproximadamente US$ 400 bilhões até 2030. Esses recursos são essenciais não apenas para manter a produção em níveis elevados, como também para impulsionar a modernização e inovação tecnológica no segmento.
A produção de petróleo e gás, especialmente do pré-sal, tem sido um dos destaques no crescimento econômico. Nos últimos anos, a contribuição do setor para o PIB nacional tem se mantido acima de 10%, e a expectativa é de que essa participação aumente à medida que novos campos sejam explorados e desenvolvidos. Além disso, o impacto na balança comercial é significativo: as exportações de petróleo têm sido responsáveis por reduzir o déficit comercial, gerando divisas econômicas fundamentais.
Estudos da ONIP indicam que, nos próximos dez anos, o setor poderá gerar cerca de 500 mil novos empregos diretos e indiretos, distribuídos em atividades como exploração, produção, refino e transporte. A cadeia produtiva do petróleo também impulsiona outros setores, como a indústria naval e a de máquinas e equipamentos, ampliando o impacto econômico.
Embora a indústria do petróleo seja frequentemente associada às emissões de gases de efeito estufa, o setor no Brasil vem adotando medidas para mitigar os impactos ambientais. Empresas como Petrobras têm investido em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) e na otimização dos processos de refino para reduzir as emissões. A ONIP também destaca a importância do gás natural como uma “ponte” para a transição energética, sendo uma alternativa menos poluente em comparação ao carvão e ao óleo combustível.
A adaptação às mudanças climáticas também passa pelo desenvolvimento de operações mais sustentáveis e eficientes. A eletrificação de plataformas de petróleo, utilizando energia renovável, é uma das iniciativas em curso que poderá reduzir a pegada de carbono da produção offshore.